segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Nem sempre o que os olhos vêem é o que o coração sente

imagem de: http://jakko90.deviantart.com/art/Borderline-Personality-Disorder-395119703

Olá pessoal! Desculpem o sumiço. Fiquei uns dias sem internet em casa. Depois tirei uns dias de folga na chácara dos meus pais. Agora, retornei a cidade e a minha tão monótona existência.

Cheguei justamente na quinta-feira, as 10:45h da manhã, direto no consultório da minha psicóloga. Foi uma sessão maravilhosa, intensa e dolorosa. Sai de lá triste. Triste por ser como sou. Por me ferir, me machucar e achar que de alguma forma eu mereço toda essa dor. 
Meus dias oscilam entre ora suportáveis ora insuportáveis. Na verdade não me sinto viva. Me sinto como alguém que apenas existe. Cuja vida não tem graça, não tem razão nem sentido de ser. Na sexta recebi uma mensagem que me matou mais pouquinho. Passei praticamente todo o final de semana dormindo, tentando fazer sumir esse sentimento de vazio e dor.

Ontem deitei pra dormir cedo, mas demorei pra pegar no sono. Durante todo o tempo minha cabeça borbulhava de pensamentos. Pensei na minha vida, nas coisas de que fiz por impulso, nas coisas que fiz por amor, nas mentiras que criei para manter esse amor e nos amigos que perdi por ter amado tanto. Pensei em como as pessoas comentaram o meu sumiço (dois anos), em como elas me julgam e o quanto sou incapaz de explicar-lhes o porque de tudo ter sido como foi. Até mais do que incapacidade, pura preguiça de explicar, de expor a minha vida para pessoas que sei que vão apenas me julgar louca.

Ontem pensei que seria muito mais fácil morrer. Morrer a ter que aprender a lidar com a minha família, morrer a ter que dizer não aos meus pais, morrer a ter que reconquistar pessoas que perdi, morrer a ter que começar tudo do zero, morrer a ter que lutar para manter um foco profissional o pessoal. Tudo me pareceu tão difícil ontem, tão complexo, tão desgastante... 


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